O duo astral

A magia de criar a sí mesmo em planos espirituais

Olá, querido(a) Neófito, tudo bem com você?

Você já imaginou como seria se existisse uma versão mais sábia, mais forte ou mais serena de você mesma... observando à distância, esperando o momento certo para emergir? Como se houvesse um “você ideal” que, de alguma forma, já existe em outra dimensão?

Essa sensação não é ilusão. Na verdade, muitos magistas e buscadores espirituais antigos a conheciam muito bem. Eles diziam que era possível construir uma imagem de si mesmo em planos mais sutis — uma forma astral, refinada, quase divina — que serve como guia, proteção e ponte entre o visível e o invisível.

Neste texto, vamos explorar essa ideia profunda: a criação do Duo Astral, uma versão espiritual sua que pode existir além da matéria, agir no mundo e até mesmo continuar viva depois da sua morte física.

E, claro... vamos conversar com o Tarot ao longo do caminho. Porque os Arcanos também conhecem esse mistério — e sussurram pistas sobre como construir esse ser eterno dentro de você.

O Duo Astral

Existe um mistério antigo, conhecido por magistas e buscadores espirituais de todas as épocas: a criação de uma imagem de si mesmo no plano astral — uma versão ideal, elevada e transcendida de quem você é. Esta imagem não é uma fantasia ou um desejo vazio. Ela é um projeto espiritual, um arquétipo sagrado construído com intenção, ação e propósito.

A Essência que Vive Além do Tempo

Assim como muitos acreditam que é possível se conectar com grandes mestres espirituais que transcenderam a existência física — como Buda — e ainda assim absorver seus ensinamentos, também é possível criar uma versão elevada de si mesmo, que permanece viva no astral mesmo após o desaparecimento da forma material. Essa versão é sua verdadeira essência, imortal e atemporal, que existe em um plano acima da matéria, mas que pode enviar avatares para cumprir missões específicas no mundo.

Criando a Imagem Espiritual de Si Mesmo

Cada vez que realizamos um trabalho mágico, não estamos apenas movimentando energia para conquistar um objetivo — estamos alimentando uma imagem arquetípica de nós mesmos que passa a habitar o plano astral. Essa imagem vai se fortalecendo à medida que realizamos rituais, consagrações, purificações e mantemos contato com os guias e entidades que nos acompanham.

Com o tempo, essa imagem pode adquirir vida própria no plano astral, tornando-se um “duo astral” — uma versão elevada de você mesmo que atua como aliada nos seus objetivos terrenos. Ela se comunica com os deuses, comanda egregoras e movimenta forças que operam em seu benefício.

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Habitar Dois Mundos

O verdadeiro objetivo da magia não é apenas obter bens, amor ou proteção. É existir simultaneamente em dois mundos: o físico e o espiritual. Quando sua imagem astral se fortalece o suficiente, ela passa a influenciar diretamente sua vida terrena, abrindo caminhos e revelando conhecimentos profundos, que não estão em livros ou grimórios — são transmitidos por contato direto com o plano superior.

Essa prática é tão antiga quanto os cultos egípcios e indo-europeus, que já buscavam superar os limites da carne e habitar entre os deuses. Quando fortalecemos essa imagem, estamos nos preparando para um futuro em que escolhemos quando encarnar e com qual propósito, enviando apenas um reflexo nosso para atuar no mundo material.

Mesmo após a morte, a essência de grandes mestres continua viva em planos elevados. Isso acontece porque o espírito não está restrito ao tempo ou à matéria — ele permanece vibrando em níveis superiores da existência. Assim, quando nos conectamos com um ser iluminado, estamos, de certa forma, nos alinhando com uma frequência espiritual que continua viva no universo.

O Hierofante (Arcano V)

O Hierofante representa esse elo com os mestres espirituais e as tradições elevadas. Ele é o canal entre o divino e o humano, o símbolo do conhecimento que ultrapassa o tempo.

A Criação Espiritual

Magia verdadeira não é um conjunto de ritos mecânicos — é um processo de criação interior e transcendência. Ao fazer um ritual de prosperidade, por exemplo, não estamos apenas pedindo dinheiro. Estamos construindo no plano astral uma versão de nós que já é próspera, e ao nos conectarmos com ela, atraímos essa realidade para o mundo físico.

Da mesma forma, se buscamos amor, criamos um duo que já é profundamente amado e amoroso. No fim, podemos até unificar essas versões em uma essência maior, uma fusão de todos os aspectos que desejamos manifestar. Essa união cria uma super imagem astral com poder para influenciar a realidade de forma grandiosa.

O Mago (Arcano I)

O Mago representa o poder criador e a capacidade de manifestar o invisível no visível. Ele tem todos os instrumentos sobre a mesa — assim como você tem à disposição todas as ferramentas para criar seu Duo Astral.

O Ciclo da Criação

Tudo que existe no mundo físico tem um reflexo no astral. Cada coisa é regida por uma consciência transcendente que estabelece a ordem por meio de forças espirituais. Destruição, criação, dor e beleza fazem parte desse equilíbrio, e ao entender isso, compreendemos também que a magia opera dentro dessa ordem — destruindo o velho para dar lugar ao novo, aceitando a impermanência como parte da evolução.

A Roda da Fortuna (Arcano X)

A Roda da Fortuna representa os ciclos inevitáveis da existência: nascimento, crescimento, morte e renascimento. Ela nos lembra que tudo está em movimento — inclusive você. Nada em você é fixo. Nem seus fracassos, nem suas virtudes, nem mesmo sua identidade atual.

O Caminho da Imortalidade

Quando essa imagem astral se consolida, você não é mais apenas um ser material. Você passa a habitar os planos elevados, com poder de manifestar sua vontade, ajudando a si mesmo e aos outros. Você se torna um reflexo do transcendente, um verdadeiro criador de mundos, livre do tempo, do espaço e da limitação.

Esse é o segredo dos antigos mestres: existir aqui e lá ao mesmo tempo, sendo senhor da própria realidade, e canal de algo maior.

Cada vez que fazemos magia, invocamos forças que moldam nossa realidade. Toda prática ritualística cria uma egrégora — uma entidade energética coletiva — que gradualmente acumula poder até se tornar autônoma. Quando usamos magia com frequência e foco, essa egrégora se torna parte de nossa essência e começa a agir de forma mais direta no mundo.

O verdadeiro trabalho da magia é esse: criar um ser que existe dentro e fora de você, que habita os mundos invisíveis e influencia os visíveis, que transcende a matéria e o tempo, e que caminha com os deuses — mas também pisa na terra, para cumprir sua missão.

Quando você faz magia, você alimenta essa construção. Você dá poder à sua versão mais elevada. Não é apenas sobre alcançar objetivos, mas sobre criar quem vai alcançá-los.

Você é tanto o escultor quanto a estátua. Tanto o sacerdote quanto o deus. Tanto o mago quanto o milagre.

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Conteúdos úteis para você continuar sua jornada:

Espero que essa reflexão inspire você a transformar sua prática mágica e espiritual. Não importa o objetivo — seja desenvolver mediunidade, atrair prosperidade ou encontrar o amor —, um plano bem estruturado pode fazer toda a diferença.

Que sua jornada seja repleta de evolução e realizações.

O Neófito