Combinando cartas :)

Uma dica interessante para lidar com combinações

Olá, querido(a) Neófito, tudo bem com você?

Hoje quero te falar sobre algo que parece simples... mas é muito mais profundo do que se imagina.

A arte de ler as combinações de cartas.

E aqui não estou falando de decorar duplas mágicas que todo mundo repete — mas de entender, de verdade, o que acontece quando dois arcanos dividem o mesmo espaço simbólico. Como se dois mundos se tocassem. Como se duas vozes falassem ao mesmo tempo... e pedissem pra você escutar o que há entre elas.

Sim — entre elas.

Porque é ali, no espaço simbólico entre uma carta e outra, que mora o mistério.

É ali que está a tensão, o diálogo, o drama, o nascimento de um novo significado.

Esse é o caminho das combinações.

E o Tarot, quando lido assim, deixa de ser um oráculo estático — e vira uma linguagem viva, em constante movimento.

A Alquimia Entre Dois Arcanos

Ler uma carta isolada é fácil. O Louco é liberdade. A Torre é ruptura. O Diabo é prisão. O Sol é clareza.

Mas... e quando o Louco aparece com a Torre?

E quando o Diabo surge ao lado do 2 de Copas?

E quando a Estrela se junta ao 5 de Ouros?

A resposta não está na soma — está na narrativa.

Cada carta carrega uma vibração, uma atmosfera simbólica, uma “paisagem interna”. Quando duas se encontram, elas criam uma nova realidade — como ingredientes num caldeirão.

A pergunta do Tarot, aqui, não é “o que essa carta significa?” — mas “o que está acontecendo entre elas?”

É esse movimento simbólico que revela a história por trás da leitura.

O primeiro passo é entender que toda carta tem um movimento. Ela não é apenas uma ideia congelada — ela representa uma direção, uma ação simbólica, um estado emocional, uma intenção. Quando colocamos duas cartas juntas, precisamos olhar para como esses movimentos se influenciam. Uma carta interrompe a outra? Ela continua? Ela corrige? Ela repete o padrão ou o quebra?

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Exemplo Prático:

Um consulente pergunta: “Ele vai voltar?” e as cartas tiradas são O Eremita + 8 de Copas.

Em vez de pensar separadamente que o Eremita é introspecção e o 8 de Copas é afastamento, o leitor mais atento percebe o fio que une ambas: a busca por algo maior, mais verdadeiro, mais essencial.

O Eremita não está apenas distante — ele se afasta por escolha consciente, porque precisa de silêncio. O 8 de Copas também se retira, mas carrega uma tristeza — é a dor de saber que aquilo que ficou para trás já não basta. Juntas, essas cartas indicam que a pessoa em questão está em um caminho próprio, silencioso e necessário.

O retorno não parece provável, não por desamor, mas porque há uma busca de sentido pessoal mais forte do que a vontade de reatar.

Outro Exemplo:

Imagine a combinação 5 de Espadas + 10 de Copas, diante da pergunta “essa relação tem futuro?”.

O 10 de Copas é o ideal de plenitude emocional, família, amor realizado. Mas o 5 de Espadas é a energia do conflito, da teimosia, do orgulho que prefere vencer uma discussão a preservar um vínculo.

A leitura simbólica aqui revela um ideal afetivo que está sendo sabotado por jogos de poder. A promessa de felicidade existe, mas está sendo ameaçada por atitudes destrutivas.

A carta do 5 de Espadas, quando emparelhada com o 10 de Copas, mostra uma dualidade: amor verdadeiro, mas com sabotagens emocionais frequentes. Não é um “sim” ou “não”. É um “cuidado: o caminho existe, mas há auto-sabotagem em andamento.”

Analisando Tensões entre Arcanos:

Nem toda combinação harmônica é positiva. Nem toda combinação tensa é negativa. Muitas vezes, o choque entre duas cartas revela algo que está implodindo por dentro — algo que precisa ser olhado. E esse é o tipo de mensagem que transforma. O Tarot não veio para dar conforto. Ele veio para dar consciência.

Pense em Os Enamorados + A Torre. A primeira carta fala de amor, escolha, dualidade emocional. A segunda, de colapso, rompimento, revelação súbita. Juntas, não dizem “o amor acabou”. Dizem: “algo precisa ser derrubado para que a escolha seja verdadeira”. Talvez seja uma ilusão, uma dependência, um ideal romântico que impede o real de acontecer. Ou talvez seja a necessidade de uma escolha difícil, que exige romper com algo que ainda parece confortável.

A beleza da leitura simbólica está justamente em não tentar suavizar essas tensões, mas usá-las como instrumentos de clareza. O que parece conflito pode ser revelação. O que parece separação pode ser libertação.

Construíndo a Narrativa:

Você não precisa decorar centenas de combinações. Precisa aprender a criar narrativas com elas.

O segredo está em observar o cenário simbólico: se as cartas fossem personagens, quem está agindo? Quem está reagindo? O que está em silêncio? O que está sendo revelado? Que tipo de relação existe entre elas? Domínio? Submissão? Esperança? Medo?

Veja: Cavaleiro de Copas + 7 de Espadas. Aqui temos o arquétipo do romantismo encantado, da aproximação emocional — e ao lado, o arquétipo da estratégia oculta, da fuga, do não-dito.

Essa combinação não diz apenas “amor com mentiras”. Ela diz: “alguém se aproxima com charme, mas esconde intenções; há beleza no gesto, mas desconfiança na base.” Talvez seja alguém que não se permite amar plenamente. Ou talvez seja um romance que esconde outra história.

Quando você treina esse olhar, começa a ver que o Tarot não fala apenas com símbolos — ele fala com tramas. Com roteiros. Com cenas.

O Espelho das Relações:

No fim, o Tarot é um espelho — mas não é um espelho individual. É um espelho das relações, dos ciclos, das escolhas inconscientes. E quando duas cartas surgem juntas, elas não falam apenas de significados. Elas falam de dinâmicas.

É como se você abrisse a cortina de um teatro e visse dois personagens interagindo. Um quer ir. O outro quer ficar. Um espera. O outro teme. Um rompe. O outro ainda sonha. Cada combinação é uma cena — e você é o intérprete.

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A Mensagem Final:

Você não precisa decorar. Você precisa escutar. Observar. Sentir.

Ler combinações é mais do que interpretar cartas — é interpretar relações. É entender como os símbolos dançam entre si. Como eles se desafiam, se completam, se espelham.

Se você sente que está pronto para deixar o dicionário de lado e mergulhar na linguagem viva do Tarot, esse é o seu próximo passo.

As cartas já estão falando.

Resta agora saber: você está pronto para escutar?

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Espero que essa reflexão inspire você a transformar sua prática mágica e espiritual. Não importa o objetivo — seja desenvolver mediunidade, atrair prosperidade ou encontrar o amor —, um plano bem estruturado pode fazer toda a diferença.

Que sua jornada seja repleta de evolução e realizações.

O Neófito