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A reconstrução do corpo sutil
Seu corpo é o altar. Sua mente, o condutor.
Olá, querido(a) Neófito, tudo bem com você?
Hoje quero te contar sobre algo que me atravessou por dentro.
Algo que não veio só de palavras — mas de presença.
De estados alterados, de ritos, de silêncios que vibram.
Daquilo que os guias me revelaram com a voz que não se escuta, mas se sente.
Quero falar sobre a reconstrução do corpo sutil.
E sobre o que acontece quando você percebe que sua força espiritual não está separada do seu corpo — mas molda e depende dele. Quando entende que cada pensamento, cada gesto, cada rito — é também um movimento de realinhamento entre os mundos.
A Reconstrução do Corpo de Luz
Durante um estado expandido de percepção, me foi mostrada uma imagem intensa.
Não como uma metáfora… mas como uma verdade viva: nosso corpo sutil é uma Merkabah.
Sim, uma estrutura de luz, consciência e direção.
Uma geometria viva que nos permite mover entre mundos — subir, descer, purificar, recordar.
A Merkabah não é um conceito místico abstrato: é um veículo da alma em alinhamento com o propósito.
Mas como qualquer veículo, ela precisa de manutenção. E precisa estar inteira.
Se uma engrenagem falha — se o fluxo interno está bloqueado — o iniciado se perde no labirinto da mente.
E a jornada entre os mundos deixa de ser ascensão e vira repetição. Vira Samsara.
Foi isso que os guias disseram com outras palavras:
“Você está saindo de um nível para outro. Mas precisa manter a estrutura limpa.
Não se trata de acelerar. Se trata de suportar a frequência do novo nível sem colapsar.”
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O Caldeirão e o Ori: Energia em Movimento
E aqui está o ponto mais importante dessa reconstrução:
a relação entre o estômago e o cérebro. Entre o caldeirão e o Ori.
Nas tradições afro-brasileiras, o Ori é o centro da consciência. A cabeça que pensa, mas também a cabeça que recebe.
É através do Ori que o axé desce. É ele que faz as escolhas. É ele que “carrega o destino”.
Mas se o Ori estiver fraco, em desequilíbrio ou intoxicado… o magista perde a direção. A magia se perde.
Já o estômago — que os guias chamaram de caldeirão — é onde a energia é cozida.
Ali se concentra, queima, transmuta.
É a fome do Exu, que quer alimento para trabalhar.
Se o caldeirão está vazio, frio ou em desequilíbrio… não há força vital suficiente para alimentar o Ori.
A magia se fragmenta. A mente se obscurece. O corpo se fecha.
“Você precisa alimentar o seu caldeirão para que a energia possa subir.
Precisa matar a fome do seu Exu para que ele possa operar.”
“A mente está travando porque a energia que você joga para fora não é a mesma que você cultiva dentro.”
Esse foi o alerta.
A fome espiritual não é só simbólica — é energética.
E enquanto ela não for saciada com ritos, velas, palavra, luz, limpeza…
o caminho da manifestação fica obstruído.
A Carruagem e os Três Mundos

A carta que mais se manifestou neste processo foi A Carruagem.
Mas não como símbolo de vitória comum.
E sim como o arquétipo do alinhamento entre os três mundos.
O condutor da Carruagem não guia os cavalos apenas com força — ele os guia com consciência.
Mas só consegue isso porque está alinhado entre:
Corpo (Assiah): a base que sustenta o movimento.
Emoção / Desejo (Yetzirah): os cavalos que puxam a carruagem, a vontade que impulsiona.
Consciência / Espírito (Briah / Atziluth): o condutor, que sabe para onde vai.
Quando esses três níveis estão desalinhados, a carruagem não vai a lugar algum.
Ou pior — vai, mas na direção errada.
É isso que a reconstrução do corpo sutil pede:
alinhamento para que o espírito conduza o corpo, e não o contrário.
Cartas Complementares
Outros arcanos se manifestaram neste aprendizado. Todos apontando nuances diferentes da mesma mensagem:
A Força (VIII)
Aqui, não como dominação de instintos — mas como a disciplina energética.
É a carta que mostra que sem domínio interior, a energia dispersa.
A Força é a guardiã do caldeirão. A que diz: “cuida da tua chama, ou ela vai se apagar.”
O Eremita (IX)
Ele aparece como o que escuta — mas mais do que isso: como aquele que guarda o mapa interno.
O Eremita não busca luz fora. Ele já carrega a lanterna.
Mas só enxerga se for capaz de estar em silêncio.
No silêncio do estômago que já digeriu. No silêncio do Ori que está limpo.
É o mestre que só emerge quando há estrutura para escutar.
O Diabo (XV)
Aqui, um alerta. O Diabo surge como a fome descontrolada do caldeirão.
É o impulso de preencher o vazio com excessos, com matéria densa, com ilusão.
É o uso da energia sem propósito.
O Diabo é o caldeirão fervendo, mas sem direção.
É o Exu faminto que não recebeu comida ritual… e tenta devorar tudo ao redor.
O Louco (0)
Por fim, o Louco aparece como aquele que transita entre mundos.
Mas só é livre para andar porque sua Merkabah está em ordem.
Ele não se perde porque confia no sopro do espírito.
E o espírito só sopra num Ori pronto para escutar.
A Grande Mensagem
A reconstrução do corpo sutil não é um adorno místico.
É necessidade vital.
Se você quer manifestar, criar, ascender — precisa:
→ Alimentar seu estômago com energia ritual (caldeirão).
→ Limpar sua mente com escuta (Ori).
→ Acender a vela e manter a chama viva — por dentro e por fora.
Se você sente que está subindo de nível…
mas o chão está sumindo debaixo dos pés…
essa é a hora de parar. Respirar. E realinhar.
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Conselhos dos Guias:
Acenda velas. Muitas. Sempre.
Prepare o espaço interno com ervas, oração, comida ritual.
Peça ajuda às Estrelas. Aos Deuses. Aos seus.
Crie um altar que seja corpo — um templo onde sua alma habita.
Reconheça sua linhagem, sua aldeia espiritual.
Cuide da fome do Exu.
Mantenha o caldeirão aceso.
E deixe o Ori limpo para escutar a direção do Alto.
A Carruagem te espera.
Mas ela não pode andar com as rédeas soltas.
A Merkabah só acende com consciência.
E quando seu Ori disser: “estou pronto”,
o espírito dirá: “então vamos.”
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Conteúdos úteis para você continuar sua jornada:
Espero que essa reflexão inspire você a transformar sua prática mágica e espiritual. Não importa o objetivo — seja desenvolver mediunidade, atrair prosperidade ou encontrar o amor —, um plano bem estruturado pode fazer toda a diferença.
Que sua jornada seja repleta de evolução e realizações.
O Neófito